terça-feira, 20 de março de 2012

DESVENDANDO O CAPITULO VII DA PORTARIA INTERMINISTERIAL CGU/MF/MP 507/2011

Primeiro gostaria de esclarecer o porquê de esse assunto ser tão importante: Ele trata sobre o tão esperado procedimento simplificado de acompanhamento e fiscalização de obras e serviços de engenharia de pequeno valor.

A partir dessa portaria, todos os contratos de repasse assinados com valor de repasse inferior a R$ 750.000,00 obedecerão a esse procedimento simplificado. É importante informar que o procedimento só vale para obras e serviços de engenharia.

Quais serão os benefícios do processo simples? Muitos! O principal, em minha opinião, refere-se à liberação dos recursos pela concedente na conta do contrato. A liberação deverá acontecer de acordo com o cronograma de desembolso e em no máximo três parcelas de valores correspondentes a 50%, 30% e 20% do valor de repasse da União. Só com essa ação acabamos com nosso drama de medir, enviar a medição para a Caixa, esperar o fiscal fazer a análise, atestar, enviar a informação para o Ministério e depois aguardar a boa vontade do Ministério em repassar o recurso para a conta do contrato. Fora a choradeira das empreiteiras, paralisação das obras, telefonar dia sim, outro também para a assessoria dos nossos parlamentares implorando apoio junto ao Ministério...  
  
Só teremos que apresentar o relatório de execução de cada etapa do objeto do contrato de repasse atestada pela nossa fiscalização e aguardar o desbloqueio de recursos. A aferição, pela Caixa, da execução do objeto do contrato, mediante visita aos locais das intervenções, só ocorrerá em três etapas: na medição acumulada de 50%; na medição acumulada de 80% e na medição acumulada de 100%.

Outra excelente notícia é o aporte de contrapartida financeira obrigatória será dispensado nesse caso.

A parte ruim do procedimento simplificado: Os rendimentos da conta do contrato serão devolvidos a conta única do Tesouro ao final da execução do objeto contratado e o concedente somente poderá autorizar o início de execução do objeto contratado após a liberação dos recursos referentes à primeira parcela de repasse da União. Isso deixa claro que não haverá mais a utilização do saldo da aplicação financeira para aumento de meta física e que teremos que penar para conseguir, pelo menos, a primeira parcela da liberação dos recursos.  
  
Um grande abraço,
Helena Virgínia Moreira

quinta-feira, 8 de março de 2012

FELIZ DIA DA MULHER COLEGA GMC!

Como todas vocês, acredito, só agora (22h) terminei todos os meus afazeres de profissional, esposa, mulher e encontrei um tempinho para conversar com as amigas.
Hoje o texto não vai ser sobre convênios, e sim sobre como usar nossas qualidades femininas no meio profissional.
Primeiro eu gostaria de esclarecer que não acho que nós somos mais capazes do que os homens de forma geral. Nós temos diferenças que nos fazem ser melhores em algumas situações e piores em outras.
Nós mulheres, por uma questão física, fomos projetadas para cuidar de vários filhos ao mesmo tempo. Isso nos deu super poderes (hahaha) e nos transformou em profissionais mais estratégicas e organizadas. Conseguimos facilmente fazer várias coisas ao mesmo tempo... Mas temos dificuldade em calcular a carga que suportamos.
Um homem nunca assume mais do que um ou dois projetos por vez e sempre trabalha com uma margem de segurança. A mulher aceita ser sobrecarregada e não percebe que assumindo mais do que pode, em breve deixará de ser “a competente” e começará a ser “a que deixa tudo pela metade”. Temos que aprender com os homens a desacelerar um pouco e calcular o que podemos fazer com qualidade. Vamos aprender com eles, também, a difícil arte de dizer não? 
  
Somos mais sensíveis que os homens. O que faz com que enxerguemos a situação de um ângulo mais humano e nos torna mais persuasivas. A nossa sensibilidade faz com que sejamos líderes mais apreciadas pelos nossos subordinados e equilibremos a equipe, mas também pode ser uma fraqueza nas negociações e nos debates mais eufóricos.
Nessas situações, mantenha a calma e só vá até onde agüentar. Saiba reconhecer seus limites e respeite-os. Nós não somos obrigadas a ser perfeitas sempre.
O grande diferencial da profissional mulher é que, graças ao preconceito masculino, somos extremamente mais dedicadas. Estamos numa caminhada lenta pela igualdade salarial e de oportunidades, portanto nos esforçamos mais para alcançar algo que já é nosso por direito. Por esse motivo estamos no auge. Pela nossa luta incansável para provar, provar e provar.    
   Nunca dei muito valor ao dia de hoje. Achava uma data feminista e preconceituosa. A partir de agora, vou adotar como o dia que eu fantasio que eu não preciso mais provar que sou melhor que homem nenhum.  Até porque eu sou tão boa quanto todos eles.
  
Um grande abraço,
Helena Virgínia Moreira