quarta-feira, 23 de março de 2011

Queixa: Atualização dos Normativos e Regras dos Programas


Tenho uma séria queixa aos normativos de alguns Ministérios: O Normativo, quando substituído por um novo, só vale quando é para lesar não beneficiar o Município. Quando o programa muda para melhor, abranda as exigências ou abre novas possibilidades de financiamento, não vale!
Tomemos com exemplo as mudanças do PAC 01, para o PAC 02. Eu sou apaixonada pelo PAC 01 e não escondo de ninguém. Em minha opinião foi um grande avanço na área de contratos de repasse: a transferência obrigatória, as contrapartidas menores, o grupo de acompanhamento e demais progressos. Enfim, cara de convênio com a segurança do contrato de repasse.
O PAC 02 avançou ainda mais e apareceu como o programa dos sonhos: possibilidade de pagamento de gerenciamento e desapropriações dentro do repasse, contrapartida zero, além de todos os benefícios já garantidos no PAC 01. Agora, reforço a queixa: por que as mudanças não valem para os contratos do PAC 01 em vigor? Porque eu não posso medir, com recursos de repasse, desapropriações?
Afinal, quando a atualização do normativo proíbe alguma coisa, e o projeto ainda não foi aprovado, temos que cumprir independente do contrato ter sido assinado quando o normativo anterior estava em vigência. Porque a regra não vale quando o normativo passa a permitir o que não podia antes?
Se o Ministério aprendeu com os erros do PAC 01, evoluiu e formatou o PAC 02 para evitar os problemas do passado, porque não usar as novas regras para corrigir o que, de fato, ainda não passou?

Um grande abraço,
Helena Virgínia Moreira

quarta-feira, 16 de março de 2011

Alerta: DECRETO Nº 7.418, de 31/12/2010, que prorroga a validade dos restos a pagar não-processados.


Caros Colegas,

Esse alerta vale para todos os Municípios que tem contratos de 2007, 2008 e 2009.

O texto do decreto em questão diz: “Fica prorrogado, até 30 de abril de 2011, o prazo de validade dos restos a pagar não-processados das demais despesas inscritos nos exercícios financeiros de 2007, 2008 e 2009”

Traduzindo: todos os convênios e contratos de repasse (com exceção do PAC e dos programas do Ministério da Saúde) que não tiverem todos os restos a pagar depositados em conta até 30/04/2011 estão cancelados, salvo se o decreto for prorrogado novamente.
É importante reforçar ao seu gestor maior que não basta estar com os projetos aprovados, licitados e com ordem de serviço. O recurso deverá estar 100% creditado na conta do convênio/contrato.

Segue abaixo alguns conceitos sobre Restos a Pagar:
Restos a Pagar são, conforme definição do art. 36 da Lei n. 4.320/64, "as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro".
Serão considerados Restos a Pagar Processados e Não Processados, respectivamente, as inscrições de despesas liquidadas e as despesas não liquidadas.

Portanto, nestes casos, não há nada que nós técnicos possamos fazer. É hora dos nossos chefes entrarem em ação. Só com força política resolveremos esse problema. De qualquer forma, vale lembrar que eles só conseguirão os recursos se a nossa parte foi bem feita.

Um grande abraço,
Helena Virgínia Moreira

segunda-feira, 14 de março de 2011

Problemas e Ratos


Caros Colegas,

Como manter um bom trabalho técnico no meio político? Esse é um grande desafio pra nós! Eu, sinceramente, sou péssima nessa área... Ou fui... Decidi mudar!
Minha postura radical não combina com meu trabalho. E não vai sobreviver.
Estou exercitando a flexibilidade e o silêncio. Tem sido difícil e, muitas vezes, doloroso, mas tem me feito crescer e analisar meus defeitos.
Meu ex-chefe me contou sobre a fábula dos ratos: Se você ficar parado, eles têm medo de você, mas se você atacar, eles te mordem!
Meu atual chefe me dá lições muito perspicazes de jogo de cintura e eficiência no serviço público.
E o que eu aprendi: mate cada rato de cada vez! E, paralelamente, evite que eles se reproduzam.
Leve essa idéia para os seus problemas e eles tendem a morrer como ratos.
Estou melhorando com o tempo. Ainda fico louca pra matar todos os ratos com uma única tacada, mas estou exercitando a paciência para não ver a competência virar ineficiência. Quem quer fazer tudo de uma vez termina não fazendo nada por completo.

Um grande abraço,
Helena Virgínia Moreira