segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Até onde podemos lutar contra a burocracia?

Caros Colegas,

Esse é um assunto muito polêmico: Somos técnicos com um papel político muito importante no nosso Município. Uma linha tênue separa nossa ânsia (e inocência) de fazer acontecer do pular etapas necessárias.
Eu odeio a burocracia! Ninguém me convence de que ela não foi criada para atrapalhar (muito) os sérios, beneficiar os preguiçosos e cultivar os corruptos mais inteligentes.
Travo uma luta diária para contornar problemas criados pelo excesso de papelada. O mais interessante é que a burocracia na área de convênios é como um vírus bem resistente: você encontra um remédio, vence, e quando acredita que já tem a solução para aquilo, o vírus se torna mais resistente e te vence novamente. Quem nunca recebeu uma lista de pendências, solucionou tudo, aprovou o projeto, e no contrato seguinte usou o mesmo ritual e já não foi o suficiente? Aparecem novas exigências! Nós não conseguimos acompanhar o ritmo dos normativos dos ministérios. O que passava daquela forma antes, hoje não passa. O que podia ontem, hoje já não pode!
Nós, que estamos nos municípios e vemos o problema no dia a dia, nos revoltamos com a burocracia e tendemos a acabar por fazer algo mal feito e rápido. É importante ter a consciência de que trabalhar pelo bem público não os dá o direito de passar por cima de tudo para concretizar nossas ações. Escolher o lado certo (o lado do certo) e trabalhar incansavelmente para defender o interesse da população é a nossa missão, mas isso não nos isenta a responsabilidade de fazer um bom trabalho: estudar, nos capacitar e primar pela prudência é preciso.
Acredito muito que as coisas vão melhorar no governo Dilma. A idealizadora do PAC é contra a burocracia e contra o mal uso de recursos públicos. Dilma cresceu politicamente defendendo a distribuição de recursos de forma prática, eficiente e para obras de grandes resultados.  Essa política deverá ser estendida as outras modalidades de transferências voluntárias. Vamos lutar por isso?

Um grande abraço,
Helena Virgínia Moreira

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